2011 Lindo!!!!

Tô botando a maior fé que 2011 será bem bacana, cheio de coisas boas, risada, beijo na boca, vinho, amigos e família!!! Vamos que vamos! Que venha o ano novo!!!!

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TPM E NINA HAGEN - MISTURA 10



Melhor coisa do mundo para curtir o prenúncio de uma TPM daquelas é ouvir a musa do punk rock Nina Hagen.

1. Ela grita tudo que eu queria gritar


2. Ela xinga tudo que eu queria xingar


3. Ela fala alemão que é basicamente uma agressão


4. Ela usa tudo que eu queria usar


5. Ela não está nem aí pra nada


Nina Hegen deu asas a minha imaginação no rock in rio 85 e até hoje serve como bálsamo, antídoto para diversos males da minha alma. Hoje, a diva é evangélica, mas não sei até quando, uma vez que ela já foi hare, ufo, ET e tanta coisa....


Mas enfim, Nina é Nina e pode tudo
Por isso eu grito:
WIR WANDERN BLOSS UND NACKT IN DIE UNENDLICHKEIT
WIR SCHWEBEN AUF DEM PFADE IN DIE EWIGKEIT
WIR GLAUBEN WAS WIR WISSEN UND WIR FUERCHTEN UNS
WOHL WEIL WIR STERBEN MUESSEN DAD BEAENGSTIGT UNS
WIR SIND DIE LEBENDEN
NACH LEBEN STREBENDEN

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E nem é outono




Tem músicas que traduzem exatamente o seu estado de espírito. Às vezes paramos num axé e, “tira o pé do chão”. Mas tem dias, em que a introspecção, a vontade de ter apenas sua companhia fala mais alto. Eis a que me acompanha hoje, e nem é pelo outono. Talvez se tivéssemos essa estação, tudo fosse diferente. Não existe tristeza, apenas necessidade do meu silêncio.

Essa música então...

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Simples

Tenho a impressão de que o amor, não é simplesmente amor.
Se fosse tão simples, habitaria tão simplesmente em minha alma.
Se assim fosse, voaria comigo para um lugar que só eu sei onde fica
e nele, eu encontraria apoio num peito ofegante
e juntos riríamos dessas palavras tolas.

Se o amor, fosse simplesmente amor mesmo, de verdade,
não me deixaria sentir a falta de algo que nunca tive
não permitiria que, se quer, eu derramasse uma lágrima numa despedida.
Ele voaria comigo para o ninho mais próximo e me acariciaria com a delicadeza da mais diminuta pena
E juntos, dançaríamos nas colinas verdes e cochilaríamos na relva úmida e sentiríamos o cheiro do orvalho.

O amor não é simplesmente amor porque clama pelos lábios doces do sol a pureza do seu brilho;
È amor sim, porque não chora pela ausência do bem querer
e sim, personifica a sombra fosca e fria no calor dos dias quentes.


Mas o amor, simples assim, é, foi e sempre será amor
Que permite divagações existenciais quanto ao seu uso,
que manobra o entardecer dos dias tristes e chuvosos,
que, pura e simplesmente me ama assim, do jeito que sou
e que na sua simples pronúncia, dilacera minh´alma e desabrocha o cantar de uma poesia meramente banal.

Sim! O amor!

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12 de outubro

A comemoração do dia das crianças sempre despertou, e vai continuar enquanto eu viver, uma atração especial. Hoje talvez, por ainda enxergar no olhar de uma criança a veracidade de um sentimento que anda em falta no mundo atual: a pureza.

Da minha infância, trago toda minha base da minha personalidade, medos, vitórias, ideias. Dela, trago ainda e também, o registro das sensações mais preciosas, como a de sentir o cheiro do sertão e o vento quente no rosto em uma viagem de férias. Saudade de um passado que não volta mais, mas que, está fortemente cravado na minha alma e que jamais será esquecido.

Minha vida sempre foi cheia de altos e baixos, como: o primeiro e único 10 em matemática, a precoce morte do meu colega Trajano numa chuvosa manhã de segunda, o dia que inventei de fundar uma religião no colégio de freiras, as pitombadas que levava da irmã Helena por querer roubar jambo, prender o pé na correia da bicicleta, descobrir o mistério das assombrações no Santa Sofia, tocar na campanhia do vizinho e correr, jogar mamona com estilingue na casa do vizinho, brincar de incendiar a lagoa azul, operar imbuá, cavar uma piscina obedecendo minha irmã, brincar de lama com Virgínia, o medo de dormir e fingir passar mal pra ir para o sofá do quarto dos meus pais, chorar na missa, dividir a hóstia com amiga que não tinha feito primeira comunhão pra ela saber o gosto, a morte de Funaro, dar susto em Maria Pequena, embrulhar pedra com papel de confeito e distribuir, a partida do meu bode Roy para a fazenda, brincar de comando para matar e se jogar na grama da vizinha e tantas outras mas sempre sonhar e em cada um deles, uma viagem num universo criado apenas na minha cabeça.,

Hoje, no auge dos meus 34 anos, atuando como jornalista, não me esqueço por um só minuto, de que esse meu carinho pela data provenha do fato que eu nunca cresci e continuo uma criança feliz!

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Dia do menino Sabino!

Impossível esquecer que hoje, 11 de outubro, partia o escritor que mais me identifico e que mais fala sobre mim, sem nunca ter, se quer, visto o meu olhar.  Fernando Sabino, o mineirinho que, com seu jeito, meio moleque, meio homem, descortinou na minha vida o universo da literatura.

Falar de criança e literatura sem citar a genialidade desse eterno menino é impossível. Sabino viajou rumo aos mais diversos veículos na sua infância, transpôs obstáculos e um dia lembrou-se que tinha se tornado homem. Ao se dar conta, logo cuidou em esquecer e voltou a adormecer essa responsabilidade humana tornando-se um eterno menino.

Hoje, data que marca sua partida para o plano superior e amanhã, dia das crianças e aniversário dele,  vejo que eu, no meu mundinho lembro, comemoro e celebro o nascimento do escritor da literatura brasileira que mais criança foi, e que com seu jeito mudou o rumo literário do país com suas crônicas. A falta que ele me faz, é sem dúvida, a maior de todas, uma vez que sua produção sempre assumiu em mim influências e descobertas de mundos jamais perdidos principalmente dentro da cabeça de quem sabe o que é ser criança como eu.

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NÃO é um problema meeeeeesmo

Eu tive um namorado que se achava.
Cantava pra mim: loirinha cafungada do nomedele+dão , é um pobrema. O fato de ele não ser negão, fez com que o mesmo adaptasse a melodia para seu nome.Pouco pretensioso? total. Isso sim é uma loirinha cafungada do negão. Jesus me abane!!!



Lá vem o negão/ Cheio de paixão/ Se ninguém soube lhe amar / Pode se preparar/ Chegou a salvação/ Só alegria, pode se arrumar/ Que chegou o negão/

Agora vem a grande mentira: Lourinha cafungada do negão/ É um problema/ Lourinha cafungada do negão/  É um problema...

Problema????? isso é a solução

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Meu passado me condena - Imitando Tacy I


Parece um menino, mas não é! Sou eu mesma, meu passado me condena???

1. Só porque, como bastasse o cabelo curtíssimo, ainda uso gravata, colete? fazendo o visual "combinandinho" dos anos 80? Quem não nasceu nessa década sabe do que eu estou falando.
2. Só porque era branca igual gasparzinho espantado por um outro fantasma na escuridão?
3. Só porque tenho um pescoço de girafa albina?
4. Só porque estou usando uma pochete branca?
5. Só porque tinha os dentes enormes e parecia a menina do zorra total que ama moooooooooooooooooito?

Claro que não! que é isso!!!!

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Erika, a caixa

Quando muito pequena eu era, alimentava um sonho profissional, um tanto pequeno, para quando ainda não se sabe alguns conceitos básicos de vida, mas, gigante para uma criança de imaginação fértil.

Queria ser caixa de supermercado!

Na época, a tecnologia ainda não tinha aportado nas instalações dos supermercados Dular, Pérola e Cobal, lá de Garanhuns. Não existia código de barra, muito menos leitor esfereográfico, laser, CCD ou câmera. Tudo era feito manualmente: a funcionária pegava o produto e, atentamente, inseria o preço na máquina que, no mesmo momento, já imprimia o cupom.

Ergonomia? nem se sabia o que era isso. Os botões das registradoras eram duros (seguindo a tecnologia de Gutemberg) e a operadora tinha que ter as pontas dos dedos mais que fortes para passar uma jornada de trabalho naquela ginástica.

Para os comércios mais simplórios e com menos movimento, a registradora era diferente: no lugar da operadora apertar o botão da unidade, dezena, centena e milhar, ela puxava uma espécie de lavanca que descia até o número solicitado, ao mesmo tempo em que rodava o visor para o cliente visualizar. Ao final da compra, apertava-se outro botão, depois rolava uma manivela grande e pronto, num passe de mágica, abria-se a gaveta.

Eu achava a primeira o máximo, mais tecnológica, mais a frente e queria passar o dia inteiro operando aquela estrovenga.

Na verdade, ao escrever esse texto, associo que na verdade, queria ser caixa porque meus pais davam muito dinheiro àquelas moças enquanto que a mim, só o suficiente para um chocolate de pouca qualidade. E ali, naquele posto, eu receberia não só o dinheiro deles, como de todo mundo que tivesse ali e assim ficaria rica.


Coisas de criança!


* Agradecimento especial a Tacy Viard (@tacyanaviard e www.tacyviard) por me explicar a coisa mais séria desse blog, o nome da nova tecnologia dos caixas de supermercados. 

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Dona Erika e os seus maridos

A paixão é uma coisa que supera os limites, principalmente da minha imaginação. Quando me refiro aos meus maridos, sim, sou casada com vários, sinto algo diferente pulsar na minha alma. Cada um tem uma maneira personalizada e original de habitar no meu céu de brigadeiro. Foi não foi, descubro mais um cônjuge na minha vasta lista. Deixo claro que, amor não se mede e a numeração aqui utilizada, não tem cunho classificatório, cada marido, ocupa uma posição obtida por sorteio auditado pelo meu cliente, que não vou citar o nome, porque é grande e complicado. Então vamos às apresentações:



1.Marcelo Antony – Pai do meu filho Theodoro Valença Antony, um poodle lindo, champagne, a cara do pai. Nosso romance começou quando ele fazia Sérgio, no folhetim Mulheres Apaixonadas na Globo. Atravessamos alguns problemas, mas, uma família unida é o alicerce de tudo. Dizem que ele na novela está interpretando um pedófilo, mas não é não, ele fica no computador falando com a gente pelo skype.


2. Fábio Júnior – Há alguns anos, encontrei Bibito em Itapissuma. Ele comendo uma caldeirada e eu passeando pelo calçadão. Foi então que pintou os olhares, ele todo sujo de frutos do mar e eu toda serelepe a desfilar pela orla itapiossuense. Bibito então olhou pra mim, agitou os mullets e disse: senta aqui. Você pintou como um sonho, eu fui atrás com tudo, se isso são coisas do amor, acredito que estou vivendo em outro mundo... Era Itapi. Na época eu tinha vinte e poucos anos.


3.Bernardo Carvalho – Esse foi uma paixão fulminante. Vi sua carinha de mamão, seus óculos e sua fofurice em uma reportagem referente à premiação do seu romance Mongólia. Posso dizer que o Jabuti nos uniu. Não o prêmio, mas, o do horto de Dois Irmãos. Um belo dia, eu estava passeando com meus sobrinhos no Zoo e eis que me deparo com aquela cena: Bê com olhar distante, mirando um jabuti que caminhava lentamente em cima de uma pedra. Quando nossos olhos se cruzaram no jabuti, e dele voltou-se a nós, sinos tocaram, fogos explodiram e o amor falou por nós. Hoje somos felizes com vários jabutis em casa.

A saga dos maridos não acabou.... depois tem mais.

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TPM= TÔ MUITO PUTA


No começo era tudo mais simples. Via-se a data no calendário, estimava-se o próximo período e era só aguardar que ele chegava. Tranquilamente.

Hoje em dia, tudo mudou. Uma semana antes, a pessoa já se sente esquisita, as outras pessoas também ficam esquisitas por conseqüência, o corpo pesa mais, as pernas portam 346 kg cada uma - subir uma escada se transforma em um suplício -, dói peito, incha tudo, as idéias ficam disformes, a impaciência reina e a tristeza??? Essa daí impera com toda a força que se possa existir. Ficar séria e em silêncio como quem está assistindo um documentário do Discovery sobre o tanque de gasolina hidrotérmico da Challenger é a melhor solução, até porque esboçar um sorriso, em qualquer situação, incomoda. Resumindo, a pessoa torna-se praticamente uma bipolar autista.  

Isso é um pouco do que é ter TPM.

Comecei a sentir esses troços quando morava fora. Pensava que estava louca, porque assumi um comportamento meio psicopata com um namorado (que vamos lá, ele também tinha a pilantragem no sangue e só fazia aguçar meus sentimentos mais primitivos) e persegui mesmo o rapaz. Tinha crise de choro no trabalho e sempre botava a culpa na saudade de casa. Pois bem, voltei. Sim, estou em casa e????
Já me disseram: toma um diurético, come chocolate, vai dançar, respira fundo, faz Ioga, vai correr, come ômega 3, faz isso, come aquilo....
Ora bolas, não quero nada disso, nem sei o que eu quero, portanto não venha me oferecer nada. Ledo engano quem pensa que essa sigla do inferno quer dizer Tensão pré-menstrual.


A verdade é que ta bem mais para:
TPM=TÔ PUTA MESMO
TPM =TÔ PROSTRADA na MERDA
TPM= TENTE PERTURBAR MENOS
TPM= TENDÊNCIA PARA MATAR
TPM= TENHO PENA de MIM
TPM= TUDO POR MERDAPM= TORANDO o PINO MAIOR
TPM= TIRANA PERSONHENTA MALVADA


Cansei. Xau. Partiu. Ora

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Eu não quero tocar em você, oh baby!

Ando tão saudosa. 


Agora me lembrando do meu primeiro beijo, ao sou de Yahoo - chega dá uma friaca no bucho. 


Lá vai. 


Era uma festinha na casa de uma amiga da minha prima, sim, eu era penetra e nem conhecia a anfitriã. 


Eu já tinha meu alvo definido. Já nos paquerávamos!!!! Então dançamos forró, rimos, conversamos e quando começou a música lenta, naquela época, as músicas tinham arranjos fortes e marcantes, ele disse que queria muito falar comigo. Imaginei que ele queria discutir os índices da bolsa ou talvez a preocupação com o petróleo do Golfo ou até com a preparação bionergética integrada da Nasa para os países subdesenvolvidos, mas não. Nada disso rolou e nos afastamos um pouco da turma. 

Chegando no local indicado, segurou minha mão e começou a conversar. Na verdade sussurrar e eu, toda cheia de medo, não ousava me aproximar para ouvir melhor. Já não tinha perna, tudo em mim tremia, e então me apoiava em um muro. Ele vindo e eu já não tinha mais pra onde correr e baixei a cabeça. Ele, sutilmente, segurou meu queixo e pimba: boca com boca. 


Opa, que é isso? meu nome é língua, posso entrar?
Tinha visto nas novelas, que era pra abrir a boca. Abri. Sim. 
E agora? Boto tb? Tantas dúvidas já me embrulhavam o estômago. 
Decidi que eu não ia fazer nada, fiquei, literalmente, boquiaberta. 


Enquanto isso tocava: eu não quero tocar em você, oh baby!


E eu boquiaberta. Até que resolvi agir e sair dali. Num ato de horoísmo, me disvencilhei daquela sucção com direito a um "ploft" igual a desentupidor de pia. Corri para o banheiro com uma ânsia. Claro que minhas amigas foram atrás de mim. Enquanto uma perguntava:
- como foi?
- é bom?
- você gostou?
eu nada respondia, só fazia cara de nojo e de "eca". 


Mal sabia eu que eu, no auge dos meus 34 anos, iria sentir falta daquela nojeira. 




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O bode Roy e eu

Menudo forever
Para quem já passou dos 30, com certeza curtiu, e bem, a fase Menudo - sucesso arrebatador entre as adolescentes. Algumas meninas chegavam ao desespero, outras, mais contidas, como minha irmã, ficavam com o olhar distante, apreciando o poster colado na parede, com olhos de amor.

Menudo era multi e muito contribuía para nosso desenvolvimento. Era impressionante! Com eles:

* Adquiríamos, automaticamente, sotaque castelhano, quando entoávamos sus canciones, sem nunca termos saído, no nosso caso caso, de Garanhuns.

* Éramos malhadas pois  passávamos as tardes ensaiando a coreografia de Não se reprima e quando não sabíamos, exercitávamos a criatividade para produzir uma dança a altura, como foi o caso de Sobe em minha moto.

* No caso da minha mana, era maior. Já sofria de "amor" e roía ao som de Doces Beijos. Um dia ela sonhou com Ray e acordou completamente apaixonada por ele, foi quando Charles ficou um pouco de lado.

O Belo Roy se transformou em um bode
* Eu amava o mais banido, o patinho feio, Roy - a paixão era tanta, que dei o nome de um bode que ganhei e que cuidei dele em casa comendo as roseiras da minha mãe.

* No domingo, assistíamos a missa angustiadas para não perder um programa que passava depois de Sílvio Santos, era uma doença mental.

Sei que esse assunto vai render alguns posts por isso pergunto: e vc? o que fazia para o Menudo?????

Recordar é viver


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Folia

Maricota e o batommmm



Eu simplesmente não perco essa folia por nada. É lindo ver a pequerrucha da minha sobrinha descobrindo a vaidade. Depois de toda essa folia, ainda disse: 
- titia, o perfume! Não dá pra ficar chique sem um bom perfume!!!!
Amo demais minha peruinha!


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O amor é cego

Eu tinha 11 anos quando dei meu primeiro beijo. Alí naquela rua lá em São Bento do Una e, como não poderia deixar de ser diferente, com um primo. No primeiro contato, tive a sensação de enjoo, enguiei e corri. Já no segundo contato.... ao terminar, não sentia os pés no chão, via estrelinhas e escutava sininhos.

Hoje, já balzaquiana, me lembro com saudade do momento em que eu escutava Kátia, a cega, e ficava no portão pensando naquele sublime momento, suspirando, parecia um fole!

O amor é realmente cego.



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Bolsa Vitalina


A era Lula trouxe para o Brasil uma moda de bolsas. Nada de modelos inéditos Givenchi, Louis Vitton, Arezzo, Mario Prata (sim, é uma marca do acessório), ou até mesmo uma falciê da 25 de março ou rua de Santa Rita. Falo de ‘bolsa’ de auxílio financeiro em determinadas situações, na maioria das vezes, de necessidade extrema. Não venho aqui defender o governo e/ ou esculhambar, venho apenas apresentar uma sugestão de implementação à candidata do PT, Dilma Russeff: o Bolsa Vitalina.

Nos dias atuais, cresce em progressão geométrica a concorrência da conquista de um homem para chamar de seu. As armas e os artifícios usados no mercado são os mais baixos possíveis, todos sempre movidos pelo desespero, quase sempre, piro- bacuro-sexual, ou melhor, pelo fogo da bacurinha. Este, quando intenso causa arruaça, confusão, prisões e crimes. Uma putaria mesmo.

Diante dessa atual conjuntura, o governo federal entraria na promoção de um auxílio monetário destinado às moçoilas dereitchas e de família. De posse desse numerário, elas se entregariam aos prazeres das compras, idas a spas, cursos de história da arte e tantos outros prazeres propiciados pelo dim dim. Ainda como apoio financeiro, na troca das estações do ano, o governo enviaria, literalmente uma bolsa, com as novas tendências em roupa, cosmético e acessórios, seria simplesmente demais. Resumindo: mulher com grana, fica mais mansa do que angorá capado e esquece dos machitos.

A conseqüência disso tudo? A queda do índice de violência causado pela a inveja da colega que comprou um neutrox novo, as feias teriam uma chance de melhorar um tiquinho e a ala feminina seria bem mais unida. No que toca o elã orgasmático, este poderia ser atingido com a aquisição de equipamentos de última geração elaborados pela apple (sim, ela não dormiria no ponto mesmo).
Uma vez a moça fosse contemplada com um namorado, o que passaria a ser uma chatice, era obrigada a deixar, imediatamente, o projeto. Isso dificilmente iria acontecer, então surgiria uma insatisfação revoltosa parte da ala masculina que seria brutalmente trocada. Quem quem sabe, eles tomariam consciência que a arte da conquista ainda existe!

Enfim, dona Dilma, a senhora que está solteira, pense nisso!

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O sorriso que vai ficar pra mim


É impressionante, mas grande parte dos acontecimentos marcantes da minha vida acontece na livraria.

Eu estava saindo de um lançamento de um livro e, ao descer a escada para ir embora, com toda pressa para não perder um minuto do aniversário da minha amiga, vejo um carrinho de bebê duplo perto da seção infantil. Adoro criança, isso é fato. Sempre tenho curiosidade em olhar suas carinhas e um carrinho de gêmeos, então, vou com todo ânsia conferir.

Tratava-se de duas menininhas fofas e extremamente sorridentes. Para minha maior surpresa, eram siamesas, aliás, as siamesas. Ali parei e fiquei de longe a observar. Com meus olhos marejados, via quanta alegria naqueles rostinhos que se encantavam com as cores dos livros ali na estante infantil.

Elas, com a ingenuidade comum do universo infantil, nada sabiam o que estava por vir, muito menos o que poderia acontecer, apenas sorriam numa alegria que inundou minha alma, fez uma lágrima escorrer, marcando minha vida para sempre. Eram Maria Luisa e Maria Luana, as siamesas, aqui do Recife e recentemente operadas em Goiás, tenho certeza.

Atrasei minha saída da livraria e ali fiquei pasma procurando entender o porquê que limitamos nossas vidas e de maneira proposital nos entregamos a ciclos viciosos em que sentimentos puros e reais são banalmente esquecidos. As meninas, naquele dia, mostraram-me o que é saber viver e sorrir para o mundo.

Fui embora e, assim, as perdi no tempo. Através da imprensa, vi que as pequeninas rumavam para o maior desafio das suas vidas: a separação. O médico, que assumiu os riscos de um procedimento complicado, estava munido da fé em seu conhecimento. Não poupou esforços e foi à Guerra. Já separadas, com uma semana de recuperação, Maria Luísa não resistiu, deixando para Maria Luana toda a força de recomeçar e mostrar para o mundo o poder do seu inigualável sorriso. Agora, de volta ao Recife, no seio da família, essa pequenina encontra a paz merecida para um ser tão pequeno, mas de alma e força gigantescas. Seja bem vinda, pequena! A corrente de ajuda continua. Por isso, lembro às pessoas de bom coração, instituições competentes, oficina de órteses e próteses da AACD, escolas especiais, que colaborem com essa família.

E eu afirmo: é um sorriso que vai ficar pra mim, o resto da minha vida e quem o ganhar jamais esquecerá.



Banco do Brasil, agência 3699-4 variação 01. Conta de Maria Luana Nunes de Andrade: 29633-3. Telefones: (81) 3444.2480 e 3498.1822

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Entrevista exclusiva com Pollyanna



Era uma vez Pollyanna, ou Miss Poly. Uma menina, ou moça, ou mulher, que tornou-se personagem da literatura infanto-juvenil com seu espírito perseverante/ otimista e com o seu famoso ‘jogo do contente’. Atualmente, pouco se sabe do paradeiro dela, mas agora sabe-se que a mesma revoltou-se contra sua autora e concedeu, com exclusividade, ao repórter Wanda Valente, a entrevista a seguir.

O local escolhido foi uma mesa de bar do Boteco Surradão, localizado na periferia de Glória do Goitá, atual cidade em que mora. Na ocasião, ela confessou que continua com o pensamento de sempre: é importante ver o lado bom das coisas, mas não com isso de ser tida como a sempre boazinha. Resolveu então viver realmente a vida e curtir o que é imoral, ilegal e engorda.

Na entrevista ela faz revelações escandalosas sobre suas descobertas e suas conclusões de mundo.

Wanda Valente: Pollyanna, como é ser considerada o protótipo da menina, moça, mulher perfeita?
Polyana: Chato, aliás um saco.

R: Hoje em dia, como é sua rotina?
Bem, acordo por volta das 11h como o que tiver na geladeira, acendo um cigarro e vou para a varanda olhar o movimento da cidade. Depois ligo para um amigo ou amiga (normalmente minhas parceiros, Amy Winehouse, Courthney Love e Dado Dolabella) para saber se estão vivos da farra da noite anterior e saber se aprontei alguma, se disserem que sim, peço pra não falar, se disserem que não, me deprimo por não ter feito, depois tomo banho e cochilo. Lá pra mais tarde, faço uma máscara de pepino pra aliviar a tensão, fumo um baseado e vou ver a novela completamente chapada. Depois balada.

W: De que você vive?
P: direitos autorais, consegui em uma guerra judicial, assumir o lucro da venda dos livros que levam o meu nome.

W: Mas a autora não seria uma espécie de mãe para você, já que ela te deu a vida? Isso não te incomoda?
P: Porra nenhuma, ela só botava pra fuder em mim.

W: Como você vê essa mudança na sua vida?
P: Providencial. Tava precisando, sabe? A pessoa tem que ver o lado bom da vida, mas ser imbecil não.

W: O que você chama de ser imbecil?
P: O que eu era. Não incentivo ninguém a fumar maconha, tomar êxtase ou trepar loucamente, simplesmente não tapo mais o sol com uma peneira, aproveito.

W: O conteúdo dos livros são totalmente verídicos?
P: Um caralho!!! Transei no segundo volume. Mas a autora não me deixava falar, no terceiro me droguei pesado. Sabe, tenho vontade de um dia, escrever Polyana, a velha...

W: É uma idéia que você vai tentar concretizar?
P: (bocejando) ..... talvez.... mas acho que antes faço o polyana, a desvairada.

W: Seria uma espécie de Cristiane F?
C: Peraí, agora você está me agredindo. (coçando o entrecoxa)

W: Desculpe! Reformulo a pergunta: como seria Polyana, a louca?
P: bem, destacaria fatos reais da minha vida que chocassem mesmo como: a maratona de sexo que participei e a bebedeira da formatura de Maria Incarnacion.

W: Quem é Maria Incarnacion?
P: (rindo) Cacá, ah! Cacá, mandava muito bem!!! Saudade daquela espanhola.... e que espanhola....

W: Você viveu relações homossexuais?
P: Você acha que falo de Cacá com tanto saudosismo porque, meu véi? Cacá tinha uma pegada, mas uma pegada!!!! Nossssss (lambe os lábios).

W: Você é lésbica?
P: Não deixo de ser, sou bi e dar uma boa trepada com os dois sexos juntos é perfeito. Aliás, a natureza é perfeita e se podemos usufruir dos dois, por que não? Aliás, não sei se você notou, mas num consigo parar de olhar para o seu decote....

W: Vc manteve relações com travestis?
P: Jamais

W: Por que??
P: sempre achei uma classe nojenta, que abusa do uso de cosmético, na verdade pintam o que não são.

W: Você tem silicone?
P: Não

W: Você toma hormônio?
P: Não, Por que?

W: Porque você está desde hoje me comendo com os olhos e nem percebeu que eu sou um bofe. Agora vem logo ver e sentir o que é a natureza 2 em 1.

Polyana, que tinha jogado tudo para o alto, em busca de novas emoções não imaginava que estava diante de Waldemar Valente, jornalista, 39 anos e muita saúde. Foi assim que Miss Poly refez sua vida, rompeu preconceitos e seguiu contemplando o lado bom da vida, ao lado do seu novo grande amor e viveram felizes para sempre.

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Ilusão joão

Você está pensando o que? Que pode assim, do nada, no meio do expediente de trabalho, aparecer no meu pensamento? Acha que pode invadir minha concentração, como esse um filminho tupiniquim, no meio da redação e da matéria? Não é porque, você fez dry martini pra mim e me aqueceu na noite fria da Europa, que tem esse direito. Pensa que eu tenho saudade da sua barba me metendo arrepios e dos beijos escandalosos no meio da rua? Acredita que eu realmente gostei disso? Acredita de verdade que, quando eu elogiava o macio das tuas mãos? E seu sono, leve e tranqüilo?...........É como dizia a nossa canção, aprendi a perdoar e a pedir perdão, vinte nove vezes!


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Ele disse X Ela disse

Ele: nome comum e sobrenome estrangeiro, óculos de grau e olhar translúcido, perfume atraente e pele macia. Portava um conhecimento íntimo da mente humana, educado, engajado em causas sociais, financeiramente estável, lindo.
Ela: nome estrangeiro e sobrenome comum, óculos na caixa e olhar verde, perfume doce e pele aveludada. Portava de um conhecimento comportamental humano, engraçada, bom coração, financeiramente instável, linda.
Ambos: sorriso primaveril e boca sensual.


Ele: filhos
Ela: duas gatas
Ambos: Adoram animais

Ele: Escreve livros de psicologia
Ela: Escreve livros de entretenimento e poesia erótica
Ambos: não são analfabetos

Ele: Faz colocações pronominais perfeitas.
Ela: sonha com o cara que fale coisas difíceis na hora H
Ambos: gostam de mesóclises e “não obstantes” na hora certa além de respeitar a gramática

Ele: passa horas domando os cabelos crespos no espelho
Ela: adora sair de cabelo molhado
Ambos: têm cabelos, ainda bem

Ele: adora calça justa valorizando o corpo malhado
Ela: acha que decote é a alma do negócio
Ambos: compram revista de moda

Ele: quer casar
Ela: dormir de conchinha
Ambos: tomam remédio pra dormir

Ele: toma vinho branco
Ela: toma vinho tinto
Ambos: odeiam uva

Ele a ama
Ela o ama
Ambos: não sabem disso!

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Santa Casa cede sobrado que serviu de moradia a Clarice


A casa onde Clarice Lispector passou boa parte de sua infância, na Praça Maciel Pinheiro, pode virar um centro cultural. De passagem pela cidade com a divulgação do documentário ficcional De corpo inteiro, a cineasta Nicole Algranti, sobrinha-neta da escritora, se reuniu com autoridades locais para discutir a possibilidade de criação de uma fundação Clarice Lispector de apoio à literatura pernambucana. A boa notícia chegou na terça: a Santa Casa de Misericórdia, dona do imóvel, cedeu o espaço em regime de comodato ao projeto, ainda em fase embrionária.

O prédio, um sobrado de dois andares na esquina da Rua do Aragão com a Travessa do Veras, está fechado para reformas e abriga a loja de móveis Casa planejada. A Santa Casa, no entanto, entrou com um pedido de despejo do inquilino por falta de pagamento. “Já existe um processo de despejo há mais de dois anos na justiça (25ª vara cível). A Santa Casa se antecipou para verificar a posição do processo”, declarou Érica Valença, coordenadora do projeto no Recife. Fernando Costa, gestor da instituição social, destacou que a assessoria jurídica do órgão está apenas aguardando o retorno do juiz, que se encontra de férias, para analisar o pedido. “Nossa casa se dispõe a ser parceira do projeto”, ratificou.

Além da Santa Casa, Nicole Algranti manteve contato com a Prefeitura do Recife através do Secretario de Cultura, Renato L. “A prefeitura tem total interesse em apoiá-lo. Como a proposta está em fase de criação, não sabemos, ainda, de que forma seria feita essa colaboração. Se o espaço se transforma, por exemplo, num equipamento da prefeitura ou se daremos um outro tipo de apoio. Mas queremos participar de um projeto dedicado à memória de Clarice não só pela sua importância histórica bem como pela necessidade de se recuperar aquela área do centro da cidade”, colocou.

O projeto deve funcionar como uma casa de leitura, onde serão executadas oficinas públicas ligadas à literatura, além de aulas e saraus. Serão promovidos, ainda, concursos para novos autores. A casa também deve abrir para visitação, com exposição de peças, livros e objetos de Clarice, além da memória judaica no Recife. Na segunda, 28, Nicole se reúne em Brasília com o senador Cristovam Buarque para pedir apoio à fundação.

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Ligia


Ando meio doente mental por essa música, talvez por um simples verso que eu queria ter dito, ou simplesmente conseguir executá-lo.
O coração de um psciano é sempre tão sedento de emoções e amores. Sempre se trava com a vida em prol de viver intensamente.
Que venha uma paixão, que me deixe com as pernas molinhas e o coração quentinho!
Adoro me sentir bregaaaa, adoro ficar com um risinho entre os lábios com cara de safada.


Lígia

Eu nunca sonhei com você
Nunca fui ao cinema
Não gosto de samba não vou a Ipanema
Não gosto de chuva nem gosto de sol

E quando eu lhe telefonei, desliguei foi engano
O seu nome não sei
Esquecí no piano as bobagens de amor
Que eu iria dizer, não ... Lígia Lígia

Eu nunca quis tê-la ao meu lado
Num fim de semana
Um chopp gelado em Copacabana
Andar pela praia até o Leblon

E quando eu me apaixonei
Não passou de ilusão, o seu nome rasguei
Fiz um samba canção das mentiras de amor
Que aprendí com você
É ... Lígia Lígia

*Você se aproxima de mim
Com esses modos estranhos e eu digo que sim
Mas teus olhos castanhos
Me metem mais medo que um dia de sol
É... Lígia Lígia

**E quando você me envolver
Nos seus braços serenos eu vou me render
Mas seus olhos morenos
Me metem mais medo que um raio de sol
É... Lígia Lígia

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18

sabe aqueles dias, que é bem melhor vc esquecer? sim hj é isso! Deveria eu, fazer da minha queda um passo de dança como diz Ferando Sabino? A grande angústia do mundo talvez seja essa, não saber onde socar a angústia. Muitas vezes minha cabeça parece um recipiente lacrado cheio de coca cola e vem um engraçadinho e balança. A pressão começa e balança mais, e tome pressão. Mas quem vai aliviar, abrindo a tampa??? Em caso dessa ausência, é paciência. Esperar, esperar e esperar!

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Sexta é meu niver! Dia de comemorar!!!!
Sexta é meu niver! Dia de comemorar!!!!
Sexta é meu niver! Dia de comemorar!!!!
Sexta é meu niver! Dia de comemorar!!!!
Sexta é meu niver! Dia de comemorar!!!!
Sexta é meu niver! Dia de comemorar!!!!
Sexta é meu niver! Dia de comemorar!!!!
Sexta é meu niver! Dia de comemorar!!!!
Sexta é meu niver! Dia de comemorar!!!!
Sexta é meu niver! Dia de comemorar!!!!
Sexta é meu niver! Dia de comemorar!!!!

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COMMENTS

Está havendo um probleminha na hora de postar alguns comentários. Peço então, que os enviem para meu email: ericota25@gmail.com Obrigada!

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Novos rumos literários


Escrever crônica, poesia ou conto é pra mim mais do que um simples hábito, é algo que me completa e ajuda a ver as facetas com que a vida se revela, tudo sob uma ótica bem mais branda e até romântica.

Tudo começou com um simples concurso de poesia no qual fui classificada e lancei, com um grupo, selecionado pela Editora Mar de Idéias, meu primeiro livro. Depois veio o Bisaco – que é outra história. A parceria deu certo e, agora não mais por concorrência e sim por convite, participo de alguns títulos desta e da Editora Pensata. São eles: I Antologia poética, novos talentos, I antologia internacional de poesia, Antologia Nacional de Poesia Mares Diversos, Mas de Versos, Vozes da Alma e agora o II coletânea – Textos Seletos.

2010 começou bem! Parabéns as editoras pelo trabalho de qualidade!
Abaixo, meus textos que estão na II coletânea – Textos Seletos


O dono da chuva

Para mim, ele se chamava André. Nem gordo, nem magro, de mãos delicadas e sorriso aberto. Do outro lado da praça o observo e noto nos seus gestos o mais puro penhor de suas atitudes e afinidades. Em alguns momentos desabrocha um olhar triste e distante, como o de alguém que quer enxergar e não o tem ali na sua frente. Do outro, um desprendimento singular de criança que mete o pé na lama em dia de chuva propositalmente.
André nem imagina que cá escrevo para ele e nem sonha que a magnitude da sua vida pode ser o enredo para a simples crônica de alguém.

As nuvens começam a se unir e a formar uma grande massa cinzenta. Ele nem se move e permanece sentadinho ali naquele banco a observar os repentinos movimentos dos pombos. Penso eu, o que ele pensaria. O que existiria nas entranhas daquela alma completamente incógnita? Talvez nem ele soubesse, de fato.

De súbito, um pingo d'água cai do céu. Corro para me abrigar sem tirar os olhos do sujeito principal da oração. Ele permanece imóvel ali. Os pombos aos poucos se dissipam e buscam um teto ou até um galho para ser quebrado. André ali permanece com seu olhar fixo e grandioso diante do milagre da água.

A neblina dá espaço a fortes gotas que vêem para me molhar por um vento frio e calculista. Abrigo-me atrás de uma pilastra. André nem se importa e ali continua numa paz ensurdecedora.

Torrencialmente a chuva começa a cair. Hesito em sair para outro abrigo, mas me deixo paralisar quando vejo um movimento dele que bruscamente levanta-se, inclina a cabeça para trás e abre a boca. A chuva o invade completamente. Ele tinha sede, e sua vontade estava sendo saciada um gesto singular promovido pela natureza.


Diante da grandeza do que eu via e da exposição de necessidade de vida, uma lágrima minha confunde-se com os pingos de chuva. Quando vejo estou diante daquele estranho que me olha, segura minha mão e leva para o seu peito. Num tom tranqüilo e frugal, diz:


- Sinta a vida na palma da sua mão.


Eu ali, com a mão no seu peito, sinto seu coração bater num ritmo tranqüilo.


Diante do não entendimento da situação, tento correr, mas, seguramente desisto e sento no banco na espera que a chuva passe, que os pombos voltem e que o sol torne a brilhar.


Lisboa, 07/06/2008




Literalmente decidida


As mulheres, em sua grande maioria, têm a mania de estar numa busca inquietante do homem perfeito. E eles existem? Sim. Mas, não para todas. Um homem de porte viril, honesto, carinhoso, atencioso, calado, apartidário é mais raro do que um filhote de ararinha azul albina. Mas, existe.

Pouco se sabe, é que, com o passar do tempo, essa procura foi se "coisificando", chegando ao ponto do mulherio fazer opções de produto de mercado. Alerto: falo isso por mim. Encontrar alguém para chamar de meu amor está difícil. Não por ser exigente demais ou por achar que me falta algum atributo, pelo contrário. Já optei por uma sorte de rapazes que transitavam entre o estilo brega ao evangélico, fazendo escala nos metrosexuais, esquizofrênicos e horripilantes. Resultado? Nada.

Por isso, a partir de hoje, impulsionada pela vergonha alheia que senti ao ver aquela moça do Fantástico, desesperada, correndo atrás de contrair um matrimônio a todo custo, digo em alto e bom som que cansei. O que não implica em radicalizar. Se aparecer um alguém, claro que será de bom grado, mas a procura, a caça, a ida pra guerra? Exausta, parei.

E foi nesse processo de "coisificação" que embarquei. Agora, vou me dedicar à literatura. Nela, eu encontro tudo e mais um pouco. Se eu quiser um amor sem limites, acho em vários títulos de Eça de Queiroz. Uma simples paquerinha ou uma noite de azaração em Candace Bushnell. Traição, ou talvez apenas o seu mistério em Machado de Assis e para discutir a relação, são seria com outra pessoa se não com Clarice.

A leitura é, sem sombra de dúvidas, mais do que fantástica. Além de elucidar tantas questões, apresenta muitas vantagens, como: está sempre com você, quando você não tem interesse ou está com dor de cabeça, não reclama se cala e consente. Não fala que sua bolsa é muito grande, até prefere e até acha mais confortável, não se incomoda em ver você com um creme verde abacate no rosto, como também permite que fique o tempo indicado no pote sem fazer careta, nem ri de você.

Quanto ao outro lado, adora longas preliminares, permite desbravar a delicadeza das orelhas sem sentir cócegas e achar ruim, permite o aprofundamento mais íntimo do cheiro das suas páginas. Dorme sem roncar. E o melhor de tudo, não precisa ligar no dia seguinte pois ao despertar, ele - o livro- já te olha sorrindo e pronto para ser devorado mais uma vez.

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©2009Erika Valença | by TNB