in certo


É com as mãos ainda suja que esboço esse primeiro verso.
É com a alma ainda por lavar que traço as primeiras palavras mal escolhidas
Livrar-me das amarras e acreditar que tudo ainda pode ser diferente
É com a incerteza do dia a dia,
com a tristeza cravada da saudade de alguém que se foi
e com o fato de não ter mais nada pra começar a luta
que a melancolia vibra e corroi.
Sinto o cheiro da gota de orvalho matinal do meu tempo de criança
e através desse perfume, tento me refazer e encontrar o momento absoluto de voar
Voar distante e acreditar que do alto eu verei o que sempre sonhei: a paz

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Ela e eu

Talvez, só ela possa me compreender.Ou talvez só ela seja capaz de aceitar, silenciosamente, o que falo.
É com ela que resmungo e xingo.
E é pelo seu silêncio que, sozinha no mundo
consigo fazer brotar um pequeno sentimento de paz.
Na sua simplicidade
imprimo o amargo do sonho frustrado,
cuspo o veneno mais letal de minh´alma,
costuro um futuro inexistente
e remendo os pedaços do que ainda me restou da vida.
Sempre fiel e presente,
desdobro minha humilde escrita em versos pequenos e banais
e com a poesia caminho de mãos dadas para sempre.
O rumo? Eu não sei, ela muito menos.

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©2009Erika Valença | by TNB