domingo, 5 de junho de 2011

Petit Comité com os Mestres

Quimono do Sensei Jorge Titico
Acho bem interessante quando lembro de um sonho e consigo expressá-lo. Noite passada, duas pessoas, exageradamente queridas e amadas, invadiram minha mente e lá, pude não apenas revê-los, como também me aproveitar das suas companhias. Duas criaturas das quais serei eternamente grata, pelo resto da minha vida.

O primeiro sonho foi com o saudoso Titico. Grande Mestre do Judô, mostrou-me, através da arte marcial, a superar a depressão, o pânico e ver a vida de uma maneira diferente. Ensinou-me, principalmente que sempre é preciso usar a força do adversário em favor próprio. Seja um adversário de tatame, uma doença, um problema, o que fosse... assim fiz e tudo começou a a se descortinar de outra maneira. Pois bem, no sonho, estavamos no tatame, em meio a um belo treino, como ocorria no passado. Ele como sempre rindo do meu jeito perua e me estimulando a continuar assim, afirmando que eu era diferente das outras. Hoje, depois de muito sentir sua prematura partida, desperto feliz por ele ter aparecido no meu sonho com aquele sorriso tão inspirador.

O outro invasor noturno, foi Alfeu, que apesar de primo, quando apareceu, de fato, na minha vida, eu já adulta. Logo criou raízes e tornou-se uma peça fundamental da minha rotina, com sua fina ironia e sábios conselhos. Não hesita em me mostrar o que é benece, aplica uma bela bronca quando necessário, ri das minhas bobagens e ainda edita meus textos. Entre emails de me tirar o fôlego e sms de fofocas, tecemos nossa carinhosa relação que ultrapassa parentesco distante. No meu sonho, estávamos em São Bento sentados no chão na frente da casa do tio Ailton a observar as estrelas. O céu não tinha nuvem alguma e elas cintilavam a noite escura. Nós conversávamos, apontávamos para o céu. Eu, que, como dona e diretora do sonho, observava a cena de fora e não ouvia nada. Ah! sim, eu estava de quimono.



A INTERPRETAÇÃO - JUNGUIANA TUPINIQUIM:

Sonhar lutando judô,com Titico,mostra a saudade do meu professor e a minha vontade de voltar ao tatame. Decisão tomada essa semana e entristecida por saber que não está tendo aula no nosso espaço, pela falta de professor. “É, meu Sensei, mestre no tatame igual a você sei que não encontrarei, mas vou usar a minha vontade de lutar em outro canto enquanto nossa turma não se une novamente. Sei o quanto você queria isso.”

Alfeu e eu, os dois sentados na terra batida, mostra, energeticamente, o poder poder de conexão do físico com o cosmos, da afinidade e amizade e do amor. Apesar de não ter ouvido a conversa que tínhamos, tenho certeza que eu estava falando da saudade que tenho de Titico e que uma daquelas estrelas, que e apontava para o céu, estava vestida de quimono e era meu mestre que, onde estiver, continua a brilhar.

CONCLUSÃO:

Os momentos sublimes acontecem.

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©2009Erika Valença | by TNB